sexta-feira, 21 de outubro de 2011

História dos “Dois irmãos gêmeos


“Dois irmãos gêmeos seguiram vocações diferentes. Um era ator, o outro padre. Certo dia ambos se encontraram em uma cidade. O padre, pelo eficiente trabalho de propaganda do ator, soube de sua presença logo que chegou à cidade. À noite o padre foi ao teatro. Era sábado. Casa lotada. Ao final do espetáculo o público, de pé, aplaudiu o ator por longos minutos. Ele fizera uma magnífica interpretação.
Tudo terminado, o padre visitou seu irmão no camarim. Depois dos efusivos cumprimentos convidou-o para o encontro religioso a santa missa na qual celebraria no dia seguinte.
Domingo cedo, povo chegando, ator na primeira fila. Atento, aguardava a hora do irmão sacerdote.
Terminada a celebração, a assembléia morna. Morna não, fria; desconcertantemente fria e indiferente. O irmão ator não conseguia deixar de sentir comiseração pelo irmão sacerdote.
Depois da celebração encontraram-se na cantina. O ator, meio sem jeito, tentando animar o padre, mas temendo abordar o cruel assunto. O padre, cabisbaixo, nem parecia o homem esperançoso da noite de sábado, quando convidara o ator.
Mas era inevitável. O assuntou da conversa foram as vocações de ambos. O padre elogiou outra vez o ator e o seu belo trabalho. A reação do público também entrou no assunto. Compararam os dois públicos, ressaltando suas diferenças. O do teatro, alegre, entusiasmado, participava do espetáculo com palmas, sorrisos e até imitavam cenas da peça. O da celebração, triste, distante, com respostas mecânicas. Era impossível não notar as diferenças. Por fim, o ator com jeito descontraído, voz ritmada e dicção clara, falou matando a charada.
       – Irmão, acredito saber o que ocorre em nossas vocações. Eu consigo empolgar o meu público. Durante o espetáculo ele se envolve, interage comigo, acredita em mim. O que digo e represento na peça é ficção, mas as pessoas reagem como se fossem verdades. O meu espetáculo toca seus corações. O seu público, embora ouça de você grandes verdades, reage como se ouvisse mentiras. Descobri a razão. Eu consigo transmitir ficção como se fosse a mais pura verdade e você transmite verdades como se fossem mentiras.”

Como vimos, o ardor missionário é um carisma mais que necessário para realizarmos nossa missão evangelizadora. Sem ardor missionário é impossível levar avante o mandato missionário que diz: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. (Marcos 16,15)”.
Peçamos, portanto, ao Espírito Santo o precioso carisma do ARDOR MISSIONÁRIO.

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